Sobrecarga, ambiguidade e conflito de papéis impactam o bem-estar de gestores e executivos, aponta estudo publicado na revista GV Executivo
Artigo de Stênio Nordau Alvarenga e Francine Zanin Bagatini, doutorandos do Programa de Administração de Empresas da FGV EAESP, publicado na revista GV Executivo, destaca a saúde mental dos líderes como um dos principais pontos cegos das organizações. A pesquisa revela que, embora o tema da saúde mental tenha ganhado espaço nas agendas corporativas, a atenção ainda se concentra majoritariamente nos empregados, deixando a liderança em segundo plano.
O estudo mostra que gestores enfrentam uma rotina marcada por altas cobranças, sobrecarga e ambiguidade de papéis, o que pode levar ao estresse e ao esgotamento emocional. Muitos líderes, ao buscarem manter a imagem de força e controle, acabam negligenciando o próprio bem-estar e evitando buscar ajuda profissional.
A revisão sistemática de literatura identificou 45 artigos científicos sobre o tema e apontou o estresse e o burnout como os transtornos mais recorrentes entre líderes. Segundo os autores, a falta de clareza nas atribuições, o clima organizacional conflituoso e a pressão por resultados estão entre os principais fatores que afetam a saúde mental da liderança.
O artigo reforça a necessidade de políticas organizacionais que contemplem também o cuidado com quem conduz as equipes, uma vez que o equilíbrio emocional dos líderes é essencial para sustentar ambientes de trabalho saudáveis e produtivos.
Matéria publicada no Portal FGV Notícias
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